Classificação

TNM AJC-UICC, revisão 1997 (em itálico classificação segundo versão de 1992)

Regiões e sub-regiões anatômicas

1. Supraglote

i) Epiglote suprahióide

(inclui ponta da epiglote, superficies: lingual (anterior) e laríngea)

ii) prega ariepiglótica, face laringea

iii) aritenóide

iv) epiglote infrahióide

v) bandas ventriculares (cordas falsas)

2. Glote

i) cordas vocais

ii) comissura anterior

iii) comissura posterior

3. Subglote

Classificação clínica

T - Tumor primário

Tx - Tumor primário não pode ser avaliado

T0 - Não há evidência de tumor primário

Tis - Carcinoma in situ

Supraglote

T1 - Tumor limitado a uma sub-região da supraglote, com mobilidade normal da corda vocal

T2 - Tumor invade a mucosa de mais de um subsítio adjacente da supraglote ou glote ou região fora da supraglote (p.ex.: mucosa da base da língua, valécula, parede medial do seio piriforme) sem fixação da laringe (Tumor invade mais do que uma sub-região anatômica da supraglote ou glote, com mobilidade normal da corda vocal)

T3 - Tumor limitado à laringe com fixação da corda vocal ou invasão de área pós-cricóide, tecidos pré-epiglóticos ou tecidos profundos da base da língua. (Tumor limitado à laringe, com fixação da corda vocal e/ou invasão da área pós-cricóide, parede medial do seio piriforme ou tecidos pré-epiglóticos)

T4 - Tumor invade a cartilagem tireóide e/ou se estende além nos tecidos vizinhos do pescoço, tireóide e/ou esôfago (Tumor invade a cartilagem tireóidea e/ou estende-se a outros tecidos além da laringe, por ex., orofaringe e partes moles do pescoço)

Glote

T1 - Tumor limitado à(s) corda(s) vocal(is) (pode estender-se à comissura anterior

T1a - Tumor limitado a uma corda vocal

T1b - Tumor comprometendo ambas cordas vocais

T2 - Tumor estende-se à supraglote e/ou subglote, e/ou com mobilidade diminuída

da corda vocal

T3 - Tumor limitado à laringe com fixação da corda vocal

T4 - Tumor invade a cartilagem tireóide e/ou estende-se a outros tecidos além da

laringe, por ex., para a orofaringe, partes moles do pescoço

Subglote

T1 - Tumor limitado à subglote

T2 - Tumor estende-se à(s) corda(s) vocal(is) com mobilidade mormal ou

diminuída

T3 - Tumor limitado à laringe com fixação da corda vocal

T4 - Tumor invade a cartilagem cricóide ou tireóide e/ou estende-se para outros

tecidos além da laringe, por ex. para a orofaringe, partes moles do pescoço

N - Linfonodos regionais

N0 - ausência de linfonodo clinicamente metastático

N1 - LN < 3cm, único

N2a - LN, único ipsilateral, entre 3 e 6cm

N2b - LN, múltiplos ipsilaterais, menores do que 6cm

N2c - LN contralaterais ou bilaterais, menores do que 6 cm

N3 - LN > 6cm

M - Metástase à distância

M0 - ausência de metástase à distância

M1 - presença de metástase à distância

adiamento clínico

TRATAMENTO

Supraglote

T1 - cirurgia; em lesões superficiais avaliar radioterapia

T2 - sem comprometimento de glote:

Epiglote com invasão superficial de base da língua - radioterapia

Epiglote e prega ariepiglóticaÜ laringectomia horizontal supraglótica

Banda ventricular - hemilaringectomia supraglótica

com comprometimento de glote: hemilaringectomia

todos os sítios Ü hemilaringectomia ou laringectomia subtotal ou total

T3 - hemilaringectomia ou laringectomia subtotal (laringectomia total se ambas as aritenóides estiverem envolvidas)

T4 - laringectomia total.

Glote

T1a - Radioterapia

T1b - laringectomia fronto-lateral

T2 - hemilaringectomia

T3 - hemilaringectomia ou laringectomia sub-total ou total

T4 - laringectomia total

Sub-glote

T1 - Radioterapia

T2 e T3 - laringectomia sub-total ou total

T4 - laringectomia total

Pescoço

Supraglote: N0 T1 Ü seguimento

T2 Ü esv. jugular

T3 e T4 Ü esv. radical eletivo

N+ Esv. radical de necessidade ipsilateral e jugular eletivo contralateral

Glote: N0 T1a e T1b Ü seguimento

T2 Ü esv. jugular

T3 e T4 Ü esv. radical de eletivo.

N+ Esv. radical de necessidade.

Subglote: N0 T1 Ü seguimento

T2 Ü esv. jugular

T3 e T4 Ü esv. radical eletivo

N+ Esv. radical de necessidade.

Tratamento complementar:

Radioterapia em todos os casos com margens cirúrgicas comprometidas e LN com metástase detectada à histologia, independente de seu tamanho ou das condições de integridade de sua cápsula.

Reabilitação fonoaudiolólogica

Seguimento:

Retornos ambulatoriais mensais nos primeiros 6 meses pós tratamento; bimestral, do 6o. mês até o segundo ano; trimestral no terceiro ano; quadrimestral até o 5o. ano e após de 6 em 6 meses. Anualmente, solicitar radiografia de tórax.

Função tireoidiana no pós-operatório imediato, aos três e seis meses

Manter explícitas e objetivas as observações relacionadas à qualidade de voz, respiração, deglutição e aspiração.